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Morre na Inglaterra a pioneira no estudo da TPM

Katharina Dalton desenvolveu tratamento com progesterona para amenizar sintomas, como cansaço e irritabilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

Morreu no último dia 17, aos 87 anos, a ginecologista e endocrinologista Katharina Dalton, pioneira no estudo da tensão pré-menstrual. Além de pesquisadora do tema, foi também Dalton que cunhou a expressão TPM - em inglês, PMS (premenstrual syndrome). Nascida em 1916, em Londres, a Dra. Dalton iniciou suas pesquisas sobre a TPM em 1948, durante sua gravidez. Ela percebeu que as dores de cabeça que a assolavam mensalmente haviam sumido no período da gestação. Conversando com seu endocrinologista, concluiu que o sintoma poderia estar associado à variação da presença do hormônio progesterona no organismo feminino - cai antes da menstruação, mas sobe justamente na gravidez. Já na década de 50, como pesquisadora do hospital da Universidade de Londres, Katharina Dalton publicou diversos artigos com os resultados de seus estudos sobre TPM. Neles, continuou a indicar o uso da progesterona como meio de amenizar os diversos sintomas da síndrome, como cansaço, nervosismo e irritabilidade. No final da década de 70, escreveu livros de grande tiragem em que apontava métodos para identificar, prevenir e tratar efeitos da TPM - e também da depressão pós-natal. Suas teorias se mantiveram quase que inquestionáveis por mais de três décadas. Atualmente, outras vertentes associam a TPM também a mecanismos que envolvem o sistema nervoso central e a alterações no hipotálamo. Ela morava em Poole, sul da Inglaterra. Deixou quatro filhos e cinco netos. Sua família não especificou as causas da morte.

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