Mudanças climáticas podem custar caro, alerta ONU

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Por Agencia Estado
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As fortes mudanças climáticas que estão sendo observadas nos últimos anos em várias regiões poderão custar caro para a economia mundial. Segundo o estudo Mudanças Climáticas e Serviços Financeiros, publicado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os problemas ambientais poderiam gerar custos de até US$ 150 bilhões por ano até 2012. Além disso, os prejuízos nos últimos 15 anos já chegaram à US$ 1 trilhão. Segundo o relatório, os custos econômicos das catástrofes ambientais poderiam ainda levar à falência instituições financeiras, como seguradoras em vários países, inclusive nas regiões ricas do mundo. Um exemplo desses problemas financeiros ficou claro com as inundações de parte da Europa Oriental há dois meses e que deixou os governos e seguradoras em situação complicada para pagar pelos danos causados pelas chuvas. "O aumento da freqüência de eventos climáticos sérios possui o potencial de estressar seguradoras e bancos a ponto de abalar a viabilidade deles ou mesmo levá-los à insolvência," alertou o estudo. Para o relatório, o Protocolo de Kyoto não é suficiente para combater o problema climático no mundo. O acordo foi assinado por muitos países, inclusive pelo Brasil, e os obriga a diminuir a emissão de gases que causam o efeito estufa na atmosfera. O documento, que foi preparado após reuniões da agência da ONU com 295 bancos, companhias de investimentos e seguradoras, propõe que instituições financeiras incentivem as empresas a contribuir para o clima mundial. Entre as iniciativas, os agentes financeiros poderiam negociar taxas de emissão de gás com empresas e oferecer prêmios àqueles que adotem medidas contra a poluição. Segundo a ONU, os agentes financeiros também devem atuar para mostrar que os negócios no setor ambiental podem gerar lucros para as empresas. As estimativas apontam que somente no setor de "energia limpa", o mercado mundial deverá chegar a movimentar US$ 2 trilhões até 2020.

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