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Mulheres chefiam quase 30% das famílias brasileiras, diz IBGE

O número de casamentos realizados no Brasil cresceu 3,6% em 2005 ante o ano anterior, diz pesquisa

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O número de famílias que tem a mulher como principal referência (responsável ou líder) continua crescendo de forma substancial no País, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2006, divulgada pelo IBGE. Veja a pesquisa completaContraste: jovens e idosos Em 2006, de acordo com o levantamento, 29,2% das famílias tinham a mulher nessa posição. Em 1996, eram 21,6%. Do total de famílias que tinham na mulher a principal responsável, em 20,7% delas havia também um cônjuge (em 1996 esse porcentual era bem menor, de 9,1%).  O número de mulheres que são indicadas como a pessoa de referência da família aumentou consideravelmente entre 1996 e 2006, passando de 10,3 milhões para 18,5 milhões nesse período.  A pesquisa mostra também que, dos 13 milhões de casais brasileiros onde o homem é a pessoa de referência, apenas 37,5% têm os dois (homem e mulher) trabalhando fora. E, nesse tipo de família, a mulher ocupada ganha, na maior parte (37,2%) menos da metade do salário do homem e, em 35,4% dos casos, recebem mais de 50% e menos de 100% do salário do cônjuge. O número de casamentos realizados no Brasil cresceu 3,6% em 2005 ante o ano anterior, segundo a síntese. A maior parte dos dados do levantamento tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006 do IBGE, mas no caso de casamentos, separações e divórcios, todos os números referem-se a 2005. A síntese mostra que a taxa de nupcialidade dos homens de 60 anos ou mais (3,3%) é quatro vezes maior do que a das mulheres (0,8%) na mesma faixa etária. O levantamento confirma também a hegemonia, mas também o declínio, dos casamentos entre indivíduos solteiros - sem ligação matrimonial prévia - no País. Em 2005, esse tipo de união equivalia a 85,9% do total e, em 1995, era 91,2%.  O Amazonas foi o Estado com o maior porcentual de casamentos entre solteiros em 2005 (97,0%), enquanto o Rio de Janeiro teve a menor proporção (80,8%). No mesmo ano, na média do País, a idade média dos homens, na data do primeiro casamento, foi de 28 anos. As mulheres tinham idade média, ao casarem, de 25 anos.  Mais mulheres A proporção de homens em relação à população total feminina continua em queda no Brasil, segundo mostra a  síntese. No total do Brasil, em 2006, a média era de 95 homens para cada 100 mulheres. Segundo a pesquisa, as regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre apresentaram a relação homem/mulher mais equilibrada, com aproximadamente 92 homens para cada 100 mulheres. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, havia apenas 86,4 homens para cada 100 mulheres e, em Salvador, 88 mulheres para cada 100 homens. Separações  De acordo com a síntese, do total de separações judiciais no Brasil, 22,9% foram não consensuais em 2005 e 45% delas foram resultantes de "conduta desonrosa ou grave violação do casamento" alegada pela mulher. Com o mesmo argumento, 13,3% das separações não consensuais foram requeridas pelo homem.

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