Namoro entre ararinhas azuis começa bem

O namoro entre as ararinhas azuis no viveiro do Criadouro Científico Chaparral, no município de Camaragibe, começou bem hoje, com o macho já dando sinais de interesse e ciúme pela fêmea

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Por Agencia Estado
Atualização:

O namoro entre as ararinhas azuis no viveiro do Criadouro Científico Chaparral, no município metropolitano de Camaragibe, começou bem, hoje, com o macho já dando sinais de interesse e ciúme pela fêmea. Ela chegou ontem da Espanha para uma tentativa de acasalamento e se encontra numa gaiola de 1,2 metros por 80 centímetros dentro do viveiro do macho, que tem área de 10 metros quadrados. "Ele cercou a gaiola e demonstrou que não queria a presença de ninguém perto da fêmea na hora da alimentação", afirmou o dono do Chaparral, Maurício Ferreira dos Santos, que considerou o comportamento positivo. Segundo ele, a fêmea ainda se mostrava estressada pela viagem de 24 horas, fazendo muito barulho, mas se alimentou normalmente, com frutas picadas, milho e côco. Somente daqui há 10 dias - tempo mínimo para o macho se acostumar com sua presença - ela será solta no viveiro. Se ele for agressivo, ela volta para a gaiola. O acasalamento pode ocorrer num período de três meses a três anos. Todo o processo da tentativa de pareamento das ararinhas está sendo filmado por microcâmeras instaladas no viveiro e integra um projeto do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) que pretende reintroduzir a ararinha na natureza a partir da sua reprodução. Nativa do sertão baiano, a ave (Cyanopsitta spixxi) está em extinção e só existe em cativeiro. No mundo estão cadastrados 54 indivíduos. O Chaparral foi escolhido porque foi o único que teve sucesso em uma tentativa de reprodução em cativeiro, há dois anos, com o nascimento de dois filhotes.

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