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Nasa divulga mapa da distribuição de CO2 na atmosfera

No hemisfério sul, um cinturão com altas concentrações do gás emerge entre os 30º e 40º de latitude

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Por Redação
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Uma equipe formada por especialistas da Nasa e de universidades publicou os primeiros mapas globais feitos por satélite do dióxido de carbono na média troposfera da Terra, uma região a 8 km de altitude. O estudo revela novas informações sobre como o gás, que contribui diretamente para a mudança climática, distribui-se na atmosfera e se desloca pelo mundo. A equipe, liderada por Moustafa Chahine, do laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, determinou que a distribuição do gás é fortemente influenciada pelos padrões de circulação em larga escala da atmosfera, como as correntes de jato e os sistemas climáticos nas latitudes médias da Terra. Os padrões de distribuição de dióxido de carbono também diferem de forma significativa entre o hemisfério norte, onde estão as maiores massas de terra, e o sul, que tem a maior cobertura de oceano. As descobertas baseiam-se em dados coletados pelo instrumento Sondador Atmosférico Infravermelho, do satélite Aqua, entre setembro de 2002 e julho de 2008. Chahine,  o líder de ciências do instrumento, disse que os resultados da pesquisa serão usados para refinar os modelos do transporte de carbono na atmosfera. Os novos mapas revelam um aumento nas concentrações de dióxido de carbono a sul da corrente de jato do hemisfério norte, em uma faixa entre as latitudes norte 30º e 40º. Essas concentrações correspondem a um cinturão de poluição bem documentado nas latitudes médias a norte do equador. No hemisfério sul, um cinturão de ar contendo altas concentrações de dióxido de carbono emerge entre os 30º e 40º de latitude sul. Esse cinturão não havia sido visto antes, e os pesquisadores dizem que o fluxo de ar nos Andes ergue o carbono de fontes próximas ao solo,  como a respiração das plantas e os incêndios florestais. parte desse carbono elevado é carregado para a média troposfera, onde o gás é capturado pela corrente de jato e carregado ao redor do mundo. Os resultados do estudo foram publicados na revista especializada Geophysical Research Letters.

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