Tamanho do buraco na camada de ozônio em 2019 é o menor já registrado

Nasa aponta que tamanho médio calculado este ano é de 9,3 milhões de quilômetros quadrados; todo ano o buraco atinge seu pico em setembro e outubro e desaparece no final de dezembro

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Por das agências
Atualização:

O tamanho do buraco na camada de ozônio, próximo ao Polo Sul, é o menor desde que foi descoberto, em 1985. A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) informou que a redução é mais resultado do clima antártico do que dos esforços para reduzir a poluição. 

Buraco do hemisfério sul, que cobre a Antártida, deve desaparecer por volta dos anos 2060 Foto: Nasa

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A agência calcula regularmente o tamanho do buraco. Neste ano, o tamanho médio do buraco na camada protetora de ozônio da Terra é de 9,3 milhões de quilômetros quadrados. O maior tamanho já registrado foi de 26,6 milhões de quilômetro quadrados, em 2006.

"Essas são realmente boas notícias, disse nesta terça-feira, 22,Paul Newman, cientista da Nasa. "Isso significa mais ozônio no hemisfério, menos radiação ultravioleta no superfície", explicou. 

A camada de ozônio da Terra protege a vida na superfície contra radiação solar prejudicial, mas compostos de cloro produzidos pelo homem, que podem durar no ar por até 100 anos, desgastaram a proteção. Em todos os anos, o buraco atinge seu pico em setembro e outubro e desaparece no final de dezembro. 

O Protocolo Internacional de Montreal de 1987 - o único tratado das Nações Unidas ratificado por todos os países da Terra - baniu muitos dos compostos de cloro usado em refrigerantes e aerossóis. A proibição resultou na redução do buraco nos últimos anos, mas os cientistas destacam que a significativa diminuição deste ano não é resultado desses esforços. 

Segundo Newman, o cloro no ar precisa de temperaturas frias na estratosfera e nuvens para converter em uma forma do produto químico que come ozônio. Neste ano, as temperaturas registradas na atmosfera foram, em média, 16ºC mais quentes que a média. "Isso é algo que acontece ocasionalmente, já havia sido registrado em 1988 e em 2002, mas não tão extremo como o registro de agora", disse Newman. "Recebemos uma ajuda neste ano", completou. 

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