11 de junho de 2008 | 14h12
A Nasa lançou nesta quarta-feira, 11, o telescópio espacial Glast para uma missão que deverá durar de cinco a dez anos para captar raios gama gerados no espaço. O telescópio, uma iniciativa de seis países, custou US$ 690 milhões e usará os raios gama para explorar questões científicas que vão desde a fusão de buracos negros à natureza da matéria escura. Veja também: Vídeo do lançamento do foguete O físico brasileiro Eduardo do Couto e Silva, um dos responsáveis pela missão, disse que o observatório espacial atuará como uma ferramenta interdisciplinar, unindo astrofísica à física de partículas e avançando nas áreas de fronteira das duas ciências. Além da existência da matéria escura, o Glast poderá confirmar outras previsões polêmicas, como a possibilidade de variações na velocidade da luz e a existência de dimensões extras no espaço. "Essas descobertas estarão no limite de detecção do aparelho", disse Couto e Silva, em entrevista concedida no final de maio. "Se forem feitas, é provável que não sejam evidentes logo de cara, mas surjam depois de muita análise dos dados" O novo observatório substitui o Compton, destruído em 2000. Ele é muito superior a seu antecessor, e poderá fazer varreduras completas do céu em três horas, feito que o Compton só podia realizar em 15 meses. Os detectores do Glast também são muito mais precisos que os do antigo observatório. Depois do lançamento, o cientista brasileiro disse que "a alegria que eu senti ao ver o foguete cruzando o céu é a grande recompensa por esses 15 anos em que trabalhamos nesse projeto. Imagino que seja a mesma emoção de ver um filho nascer".
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