PUBLICIDADE

NASA lança sondas para mapear a Lua

Por IRENE KLOTZ
Atualização:

Um foguete Atlas não-tripulado deixou o Cabo Canaveral nesta quinta-feira com duas sondas para mapear a Lua e procurar por água. O Lunar Reconaissance Orbiter (satélite de reconhecimento lunar, na sigla em inglês) é o primeiro lançamento da NASA dentro do novo programa que visa o retorno de astronautas à Lua até 2020. O satélite tem o objetivo de mapear a superfície da Lua com um detalhamento inédito, com atenção em particular para as relativamente inexploradas regiões polares. "Nosso conhecimento da Lua como um todo é na verdade bem pobre", disse Craig Tooley, gerente do projeto do satélite. "Temos mapas muito melhores de Marte do que da nossa própria Lua." O foguete com o satélite e outro pequeno equipamento chamado LCROSS decolou às 17h32 (horário local, 18h32 horário de Brasília). A viagem para a Lua vai demorar quatro dias. O satélite carrega sete instrumentos científicos, incluindo muitas câmeras, detectores infravermelhos e um altímetro a laser para medir a topografia. O satélite também carrega um telescópio com pele humana sintética para medir como o ambiente de radiação pode afetar a saúde humana. Cientistas mapearam 50 locais de pouso em potencial, que serão registrados pelas melhores câmeras do satélite --capazes de ver objetos de cerca de 50 centímetros de diâmetro. Como curiosidade, o equipamento deve procurar objetos deixados para trás durante as missões Apolo, entre 1969 e 1972. O satélite também vai procurar minerais, fazer mapas detalhados de temperatura, buscar áreas com tempo máximo de sol e mapear a topografia da Lua. "Nós não vamos somente identificar os altos e baixos da Lua, mas também as inclinações que são críticas para um pouso seguro", disse Mike Wargo, cientista-chefe lunar da divisão de exploração da NASA. A agência está preparando um novo ciclo de expedições humanas à Lua, com maiores tripulações, estadias mais longas e maior flexibilidade para selecionar lugares cientificamente interessantes para pouso. Os polos recebem interesse particular, pois têm crateras permanentemente escurecidas que podem esconder reservas de água congelada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.