A primeira mochila a jato a permitir vôos individuais de longa duração foi exibida nesta terça-feira, 29, pelo bioquímico neozelandês Glenn Martin, que pretende em breve disponibilizar o invento no mercado. Segundo seu próprio criador, trata-se da "primeira mochila a jato prática do mundo", um propulsor pessoal aos moldes das "jetpacks" do cinema de ficção científica, com um motor de 200 cavalos e autonomia de meia hora. A rigor, a jetpack de Martin não oferece propulsão a jato - como explica o inventor, é antes uma combinação de rotores movidos a gasolina. E, ao contrário da compacta mochila a jato fictícia, o aparelho apresentado pesa 110 quilos, mede mais de um metro de altura e fica em pé sobre três pernas. Mas, apesar do tamanho, o artefato permite ao usuário decolar e é pilotado com alguns comandos acionados com as mãos. A apresentação foi feita em uma feira de aviação dos Estados Unidos, a EAA Air Venture, em Oshkosh, e seu sucesso foi imediato, pelo menos em relação à atenção despertada entre os participantes do evento. Apaixonado pela idéia de voar desde os cinco anos de idade, Martin passou grande parte da vida aperfeiçoando o artefato que imaginou quando era estudante de bioquímica. Mais de vinte anos e uma dezena de protótipos depois, o neozelandês está convencido de que chegou à versão definitiva do aparelho -- que dentro de seis deverá estar à venda por cerca de US$ 100 mil.