03 de março de 2011 | 18h20
Jerusalém, 3 mar (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta quinta-feira o papa Bento XVI por exonerar os judeus pela condenação de Jesus à morte e lembrou da importância que a acusação teve na história do antissemitismo.
"Lhe louvo por rejeitar com firmeza em seu recente livro Jesus de Nazaré - que será lançado no dia 10 de março - a falsa acusação que constituiu uma base do ódio ao povo judeu durante muitos séculos", assinalou Netanyahu em comunicado.
O chefe de Governo israelense manifestou também sua "esperança" em que a "clareza e a coragem" que mostrou o pontífice ao desautorizar a ideia do deicídio judeu "reforce as relações entre judeus e cristãos ao longo do mundo e ajude a promover a reconciliação para as gerações vindouras".
"Espero ver-lhe de novo em breve e expressar-lhe pessoalmente o profundo apreço que lhe professo", conclui a nota.
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No livro, que o Vaticano antecipou na quarta-feira alguns capítulos, o papa assinala que, quando no Evangelho de Mateus se fala que "todo o povo" pediu a crucificação de Cristo, "não se expressa um fato histórico".
"O verdadeiro grupo dos acusadores são os círculos contemporâneos do templo e a massa que apoiava Barrabás", precisa, de maneira categórica.
O Concílio Vaticano II (1962-1965) promulgou a declaração "Nostra Aetate", com o fim dos católicos retiraram as acusações de deicídio contra os judeus. EFE
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