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No Brasil, observação de baleias já atrai 4 mil turistas por ano

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Por Redação
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Enquanto a indústria baleeira busca brechas legais para manter a caça aos mamíferos, rotas de migração desses animais têm estimulado uma nova modalidade de turismo, o whalewatching. Visitantes interessados na observação de baleias criaram uma fonte de renda interessante para regiões da Costa Rica, Colômbia, Nova Zelândia, de ilhas do Pacífico, do Brasil, do México e da Argentina. A atividade faz sucesso até na Islândia, que ainda caça baleias.No Brasil o whalewatching ocorre em Santa Catarina, com as baleias-franca, e na Bahia, polo de migração das jubarte. "Recebemos cerca de 3 mil turistas por ano nas três praias em que se pratica a observação de baleias-jubarte: Praia do Forte, Morro de São Paulo e Itacaré", diz Sérgio Cipolotti, coordenador de Educação Ambiental do Projeto Baleia Jubarte.Iniciado em 1987, quando se descobriu que uma pequena população frequentava o Arquipélago dos Abrolhos, o projeto hoje monitora 7.920 baleias que vêm à costa brasileira para reprodução. "As baleias que se reproduzem aqui se alimentam nas Ilhas Sanduíche. Elas nadam 4 mil quilômetros", diz o pesquisador Elitieri Neto. As jubarte foram caçadas, na Paraíba, até 1987, quando uma lei federal proibiu a prática. Segundo levantamento feito no ano passado, o whalewatching levou a Imbituba, em Santa Catarina, 831 turistas brasileiros e estrangeiros. As baleias-franca também nadam longas distâncias até o litoral de Santa Catarina. Seu local de alimentação é a Antártida. O Brasil recebe uma população total estimada em 500 baleias-franca. Elas se revezam em três grupos. A cada ano, um deles migra para o sul do País para se reproduzir."O Brasil caçou as franca até 1973, e só paramos porque elas acabaram", diz Karina Groch, diretora do Projeto Baleia Franca, que ajudou a recuperar a população brasileira e atualmente monitora a geração de ruído subaquático da obra de ampliação do Porto de Imbituba. "Delimitamos uma área de segurança. Se houver baleias nesse raio, não se pode bater estacas." / K.N.

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