09 de outubro de 2019 | 05h00
Atualizado 09 de outubro de 2019 | 08h20
SÃO PAULO - Os vencedores do Prêmio Nobel de Química 2019 foram conhecidos nesta quarta-feira, 9. Os pesquisadores John Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram laureados por seus trabalhos para o desenvolvimento de baterias de lítio.
A distinção é concedida a pessoas ou instituições que realizaram a descoberta ou progresso mais importante na área. A cerimônia de premiação será realizada em Estocolmo, na Suécia, no dia 10 de dezembro, data da morte de Alfred Nobel.
A Química foi o campo do conhecimento mais importante para o desenvolvimento do trabalho do inventor sueco. Desde 1901, a Academia Real das Ciências da Suécia entregou 110 prêmios a 180 representantes da área. Destes, 63 foram concedidos a apenas um vencedor, 23 foram divididos entre dois e 24 foram compartilhados por três laureados. A distinção não foi concedida em oito ocasiões: em 1916, 1917, 1919, 1924, 1933, 1940, 1941 e 1942. Além da medalha, os ganhadores dividem entre si um prêmio de 9 milhões de coroas suecas - aproximadamente R$ 3,7 milhões.
Apenas cinco mulheres venceram o Nobel de Química em toda a história. Uma delas foi a estadunidense Frances H. Arnold, que levou o prêmio no ano passado junto de outros dois cientistas. Além dela, Marie Curie (1911), Irène Joliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964) e Ada Yonath (2009) foram laureadas.
O Estado relembra os últimos premiados com o Nobel de Química:
Em 2019, os pesquisadores John Goodenough, nascido na Alemanha e naturalizado americano, M. Stanley Whittingham, nascido no Reino Unido e naturalizado americano, e Akira Yoshino, japonês, foram laureados pelo desenvolvimento das baterias de lítio. O trio criou "mundo recarregável", nas palavras do comitê do Prêmio Nobel.
Em 2018, Frances H. Arnold, nascida nos Estados Unidos, levou o prêmio por uma invenção conhecida como evolução dirigida de enzimas. Ela dividiu a honraria com o americano George P. Smith e o britânico sir Gregory P. Winter, laureados pelo pioneirismo no desenvolvimento de uma técnica conhecida como “phage display”.
Em 2017, o prêmio foi dividido entre o suíço Jacques Dubochet, o alemão Joachim Frank e o escocês Richard Henderson. Eles se destacaram pelo desenvolvimento de métodos de microscopia que revolucionaram a bioquímica utilizando temperaturas muito baixas.
O prêmio de 2016 foi compartilhado pelo francês Jean-Pierre Sauvage, o britânico sir J. Fraser Stoddart e o holandês Bernard L. Feringa por seus trabalhos no design e síntese de máquinas moleculares.
Em 2015, o prêmio foi para o sueco Tomas Lindahl, o americano Paul Modrich e o turco Aziz Sancar por seus estudos sobre reparação do DNA danificado.
A edição de 2014 do Prêmio Nobel de Química laureou o americano Eric Betzig, o romeno Stefan W. Hell e o americano William E. Moerner pelo desenvolvimento da microscopia de fluorescência de super-resolução.
O prêmio de 2013 foi concedido ao austríaco Martin Karplus, ao sul-africano Michael Levitt e ao israelense Arieh Warshel pelo desenvolvimento de modelos multiescala para sistemas químicos complexos.
Em 2012, os americanos Robert J. Lefkowitz e Brian K. Kobilka foram premiados pelos estudos sobre os receptores acoplados a proteínas G.
A edição de 2011 premiou o israelense Dan Shechtman por seu trabalho com semicristais.
Em 2010, o prêmio foi entregue ao americano Richard F. Heck, ao chinês Ei-ichi Negishi e ao japonês Akira Suzuki pelo catalisador de paládio de acoplamento cruzado em sínteses orgânicas.
O prêmio de 2009 foi concedido ao indiano Venkatraman Ramakrishnan, ao americano Thomas A. Steitz e à israelense Ada E. Yonath pelos seus estudos sobre a estrutura molecular do ribossomo.
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