Noruegueses encontram restos de répteis gigantes

Alguns são de uma espécie jurássica desconhecida. Outra espécie é semelhante ao imaginado Monstro do Lago Ness

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Fósseis de uma espécie ainda desconhecida de répteis marinhos gigantes, que viveram há 160 milhões de anos, foram descobertos no arquipélago ártico de Svalbard, pertencente à Noruega. Os paleontólogos encontraram também o que seria o ancestral do Monstro do Lago Ness, ou algo parecido com o que se imaginou na lenda européia. "Encontramos os restos de pelo menos dez esqueletos espalhados numa superfície equivalente a dois campos de futebol", afirmou Joern Hurum, professor do Departamento de Geologia da Universidade de Oslo. As duas espécies de répteis estavam no topo da cadeia alimentar quando desapareceram, há cerca de 65 milhões de anos. A espécie desconhecida é um tipo de ictiossauro, semelhante a um tubarão, que podia atingir 10 metros de comprimento. "Estou certo em 99% de que este ictiossauro representa uma nova espécie, porque os lugares mais próximos onde foram encontrados ictiossauros estão na Alemanha e na Grã-Bretanha", disse Hurum. O arquipélago de Svalbard está a pelo menos 500 km de Oslo e a 1.000 km do Pólo Norte. Os esqueletos de ictiossauros encontrados ali eram de indivíduos com 4 a 10 metros de comprimento. Nessy A outra espécie é de plesiossauros, que tinham pescoço e cauda compridos, podendo atingir 15 metros do nariz até a ponta do rabo. As pernas traseiras evoluíram para a forma de pás nadadeiras, "exatamente como se imagina Nessy do Lago Ness", comentou Hurum. O Nessy cujos fósseis foram recolhidos em Svalbard media cerca de 10 metros de comprimento e era, assim como o ictiossauro, um poderoso predador dos mares. "Tinham mandíbulas poderosíssimas, que transformavam qualquer coisa em pedacinhos." Os restos dos gigantes marinhos foram levados para o Museu Geológico de Oslo. A descoberta ocorreu depois que, há dois anos, estudantes em expedição no arquipélago encontraram fragmentos de ossos fossilizados. As escavações vão continuar, porque Hurum e sua equipe acreditam haver ainda muitos fósseis do período Jurássico sob o gelo de Svalbard.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.