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Nova ararinha azul será enviada ao Brasil

Descoberta nos Estados Unidos, ave deverá ser integrada ao programa de recuperação da espécie, uma das mais ameaçadas de extinção no mundo

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma nova ararinha azul foi descoberta nos Estados Unidos e deverá ser enviada ao Brasil, nos próximos quinze dias, para se integrar ao programa de recuperação da espécie (Cyanopsitta spixii), coordenado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A existência desta ararinha, um macho, foi constatada há cerca de dois meses pela Agência Ambiental Americana, que entrou em contato com o Ibama. Segundo o biólogo Carlos Bianchi, do Ibama, ainda não se sabe a origem e a história desta ararinha azul, a primeira localizada nos Estados Unidos desde que foi criado o comitê de recuperação da espécie há dez anos. Sua chegada ao país estava prevista para a manhã desta segunda-feira, mas foi adiada pelo governo americano. A espécie, nativa do sertão baiano, já não existe mais em habitat natural e mesmo em cativeiro, conforme Bianchi, só se tinha notícia de 54 indivíduos vivos. O último espécime solto na natureza foi um macho, acompanhado durante dez anos, que desapareceu em outubro de 2000. Por isso, a importância da descoberta de mais uma ararinha nos Estados Unidos. Em setembro último, uma fêmea de ararinha azul (Cyanopsitta spixii), da Fundacción Loro Park, de Tenerife, na Espanha, chegou ao Brasil e foi encaminhada ao Criadouro Científico Chaparral, em Recife, onde espera-se que forme um casal com um macho ?viúvo? e se reproduzam. Segundo Bianchi - atual gerente de linhagem (studbook keeper), responsável pela definição dos melhores "casamentos", do ponto de vista genético -, a ararinha americana, depois de cumprir as formalidades exigidas pelo Ministério da Agricultura para importação de aves e da avaliação do Ibama, poderá ter o mesmo destino da espanhola e ser ?apresentada? às duas fêmeas, filhas do macho ?viúvo? de Recife.

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