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Nova Zelândia desiste do "imposto flatulento"

Com o "imposto flatulento", o governo pretendia arrecadar 8,4 milhões de dólares neozelandeses para um fundo de pesquisa sobre emissões de gases que provocam o efeito estufa

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de meses de protestos dos produtores rurais, o governo neozelandês decidiu desistir de implementar o "imposto flatulento" sobre as emissões de gases por animais ruminantes. De acordo com o jornal neozelandês The Dominion Post, a nova proposta, fechada na noite de ontem entre o ministro da Agricultura neozelandês, Jim Sutton, e o relator do até então "imposto flatulento", o diretor do gabinete de mudança climática, Pete Hodgson, transfere a conta para a indústria. Com o "imposto flatulento", o governo pretendia arrecadar 8,4 milhões de dólares neozelandeses (NZ$) para um fundo de pesquisa sobre emissões de gases que provocam o efeito estufa. Pela proposta inicial, os ovinocultores teriam que pagar NZ$ 0,09 por ovelha e os pecuaristas desembolsariam NZ$ 0,54 por bovino de corte e NZ$ 0,74 por vaca leiteira. Agora que o governo abandonou a idéia do imposto para os produtores, a pesquisa vai requerer que a indústria desembolse vários milhões de dólares. O novo programa, estimado em NZ$ 5,5 milhões, foi rejeitado por ministros há 6 semanas, mas aceito na noite de ontem. A idéia é que a pesquisa seja coordenada por um consórcio de 5 empresas: a Fonterra, maior companhia neozelandesa e também uma das maiores exportadoras mundiais de lácteos; a Dairy Insight, também do setor de lácteos; a DeerResearch, que faz pesquisas com cervídeos; a Meat New Zealand, do setor de carnes e a Wrightsons Ltd., principal companhia de insumos do país.

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