Novo modelo prevê ondas de calor na Europa e EUA

Pesquisadores britânicos usam dados de correntes marítimas em sistema de previsão destes fenômenos

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Por Agencia Estado
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Cientistas ingleses desenvolveram uma teoria sobre mudanças de temperatura e correntes marinhas no Atlântico Norte para tentar prever as ondas de calor que cada certo tempo atingem a Europa e a América do Norte. Segundo a teoria, anunciada nesta quinta-feira, é possível que seja iminente um aumento das temperaturas tanto nos Estados Unidos como na Europa. A última onda de calor ocorreu em 2003 na América do Norte e na Europa. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas da Itália, morreram aproximadamente 20 mil pessoas entre julho e setembro daquele ano no país, enquanto na França a cifra oficial de mortos foi de quase 15 mil, a maioria deles idosos. Rowan Sutton e Daniel Hodson, do Conselho de Pesquisas Ambientais e do Departamento de Meteorologias da Universidade de Reading (Reino Unido), disse que as mudanças no Atlântico, vinculadas à circulação de água morna no oceano, são um importante fator nas variações climáticas na América do Norte e Europa Ocidental. Essas mudanças ocorrem a cada certo número de décadas e, se puderem ser identificadas, seria possível prever o comportamento climático na região, apontaram. Oscilação atlântica Na pesquisa, os cientistas perceberam que, durante os últimos séculos e a cada certo número de décadas, houve variações sensíveis no clima tanto na América do Norte como na Europa Ocidental. No território continental dos Estados Unidos, essas variações incidiram na freqüência das chuvas e nas secas. Foi sugerido que as mudanças no oceano estão vinculadas a uma variação conhecida como "Oscilação Atlântica Multidécadas" (AMO). "Se isso for confirmado, essa vinculação seria importante para as previsões climáticas porque acredita-se que a AMO é impulsionada pela circulação de águas mornas e poderia ser previsível", disseram os cientistas. O estudo será publicado nesta sexta-feira na revista Science. Os cientistas apontaram que as conclusões "impulsionam um maior entendimento das mudanças climáticas do passado e também têm implicações para o previsão do clima nas seguintes décadas".   mudanças climáticas

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