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OMS alerta para maior resistência da malária

Tratamentos incorretos e com produtos inadequados têm permitido ao parasita criar resistência a remédios

Por Agencia Estado
Atualização:

Os parasitas causadores da malária estão cada vez mais resistentes aos medicamentos, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS), ao pedir aos governos que só permitam em seus mercados os tratamentos aprovados pela entidade. Desde o início desta década, a OMS recomenda aos países-membros que utilizem associações terapêuticas à base de artemisinina (ACT) contra a malária, uma doença contraída por 200 milhões a 400 milhões de pessoas no mundo e que mata entre 1 milhão e 2 milhões. Estes ACT devem ser utilizados com um segundo medicamento, mas nunca sozinhos. "O surgimento de uma resistência poderia acabar privando-os de sua atividade", destacou a instituição, com sede em Genebra. A OMS pediu também aos países-membros que só usem ACT de qualidade, aprovados por especialistas. "Os medicamentos falsificados constituem um grave problema", observou o principal autor do informe, Pascal Ringwald, ao apresentar seu trabalho. Também é importante garantir que os pacientes façam o tratamento até o final. Os ACT são muito eficazes e os doentes às vezes tendem a interromper o tratamento após 24 horas, enquanto são necessários três dias para eliminar definitivamente o parasita, advertiu Ringwald.

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