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OMS pede normas de qualidade para plantas medicinais

Fraudes e uso indevido levam organização a lançar guia para governos, sugerindo regras de produção e comercialização

Por Agencia Estado
Atualização:

Com um mercado de plantas medicinais crescendo a taxas inesperadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta terça-feira um guia para que governos estabeleçam normas de qualidade a esses produtos cada vez mais populares, até mesmo nos países ricos. Segundo a agência de saúde da ONU, o comércio de plantas medicinais já chega a US$ 60 bilhões por ano e tende a crescer especialmente nos Estados Unidos. O que preocupa a OMS é que a utilização desse tipo de medicamento nem sempre traz conseqüências positivas à saúde se medidas básicas não forem colocadas em prática. Segundo a entidade, casos de problemas cardíacos e de envenenamento estão sendo cada vez mais freqüentes entre os consumidores de plantas medicinais. Em alguns países, os efeitos negativos desses medicamentos já superam os índices de efeitos colaterais dos remédios clássicos. No que se refere ao meio-ambiente, o plantio excessivo desses produtos pode levar a um desgaste do solo e problemas ecológicos importantes para algumas regiões, segundo a OMS. OMS aprova uso A OMS, porém, deixa claro que não é contra a indicação desses medicamentos e que, em vários casos, os efeitos podem ser mais eficazes que os remédios tradicionais. O problema é que, com o aumento de empresas comercializando esses produtos, os riscos de fraude, substituição de plantas e falta de condições higiênicas são cada vez mais acentuados. Nos Estados Unidos, é cada vez maior o número de empresas que vendem plantas medicinais como substituto alimentar, o que nem sempre é recomendável. Por enquanto, apenas a Europa, China e Japão contam com legislações nesse sentido e a esperança da OMS é de que outros governos passem a adotar normas similares. Uma das medidas seria a classificação de todas as plantas medicinais para evitar fraude na venda.

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