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Ongs pedem ação contra soja transgênica do RS

Segundo o economista Jean Marc von der Weid, de 4 a 5 milhões de toneladas de soja foram contaminadas, o equivalente a algo entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,5 bilhão em receita para quase 155 mil agricultores gaúchos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos, organizada por uma rede de seis organizações não-governamentais (ongs), está chamando a atenção do governo para o que considera "grave crise da contaminação da safra de soja do Rio Grande do Sul com produtos transgênicos ilegalmente plantados". Segundo o economista Jean Marc von der Weid, um dos coordenadores da rede de ongs, de 4 a 5 milhões de toneladas de soja foram contaminadas no Estado, o equivalente a algo entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,5 bilhão em receita para quase 155 mil agricultores gaúchos. Para as ongs, houve omissão da Polícia Federal, do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde na fiscalização de transgênicos, o que permitiu a multiplicação do cultivo de soja transgênica. A campanha pede ao governo que crie um programa de descontaminação das lavouras de soja do RS, reprimindo a produção e venda de sementes transgênicas e financiando a produção das sementes convencionais, que estão desaparecendo do mercado. "A repressão às empresas compradoras de soja (moageiras, exportadoras de grãos, produtoras de rações) deve ser rigorosa, obrigando o mercado a inibir os plantios ilegais", pede o grupo de ongs.

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