20 de fevereiro de 2008 | 17h44
Mais de cem ministros e especialistas abriram em Mônaco nesta quarta-feira, 20, a 10ª sessão especial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em busca de investidores que usem seus recursos contra a mudança climática. A convocação feita aos investidores para que aumentem sua participação na chamada 'economia verde' e a busca de um consenso para a reunião de Copenhague, em 2009, foram os dois assuntos principais do primeiro dia do encontro, que termina na sexta-feira, 22. Apesar de Achim Steiner, diretor-executivo do PNUMA, admitir que o motivo da reunião é "uma decisão do mercado" - a mudança climática originada pelo uso em massa de combustíveis fósseis -, existe um amplo consenso em buscar a solução para o problema no financiamento privado. Segundo o PNUMA, o setor empresarial, consciente do problema da mudança climática e interessado em buscar um nicho de negócios ecologicamente corretos, deve ser a principal ferramenta para a mudança de uma economia baseada nos hidrocarbonetos para uma voltada ao meio ambiente que freie ou não agrave a mudança climática. "A mobilização de fundos, o enfoque nos mercados e a promoção da inovação de novas tecnologias serão fundamentais para negociar com sucesso o plano de ação contra a mudança climática", disse Steiner. Houve ainda a apresentação do estudo 'GEO-4: Perspectivas do Meio Ambiente Mundial', elaborado pelo PNUMA, que aborda neste ano a ameaça do degelo do Pólo Norte e das geleiras da região para a saúde do planeta. A sessão inaugural da reunião em Mônaco foi precedida por uma reunião do grupo da sociedade, da qual participaram representantes de ONGs, cientistas, sindicalistas e ecologistas, cujas recomendações foram, em sua maioria, uma maior implicação do setor estatal e das instituições internacionais. Na reunião, os ministros também estudarão um relatório sobre como reduzir o comércio internacional de substâncias perigosas, além de recomendações sobre como melhorar o manejo de resíduos e as conseqüências do uso exagerado dos recursos pesqueiros. Entre os problemas colocados pelos cientistas aos políticos reunidos em Mônaco está ainda a rápida acidificação do mar, que pode ter conseqüências graves na cadeia alimentar com a destruição de corais e extinção de moluscos.
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