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Panasonic elimina chumbo na produção de eletrodomésticos

Empresa substitui chumbo por prata no processo de soldagem das peças, eliminando mundialmente o metal pesado de seu processo de produção

Por Agencia Estado
Atualização:

O desenvolvimento de uma nova liga para soldagem permitiu à Panasonic ser a primeira empresa a eliminar o chumbo na produção de eletroeletrônicos. O lançamento mundial do novo processo, composto de estanho (96,5%) e prata (3,5%) - no lugar do chumbo - ,aconteceu no final da semana passada, na fábrica instalada na Zona Franca de Manaus. Com isso, o grupo japonês Matsushita-Panasonic deixa de utilizar, apenas no Brasil, 15 toneladas por ano de chumbo, contido nas soldagens de peças e componentes dos eletroeletrônicos. A nova tecnologia faz parte da estratégia de meio ambiente mundial do grupo, cujas bases industriais, nos 76 países em que opera, já estão certificadas pela ISO 14.001. O esforço na implantação de processos de soldagem sem chumbo vem sendo desenvolvido há 11 anos e os primeiros resultados são de 1998. Em 1999, começou a ser implantado na produção de vídeos, head fones e estéreos. Em 2000, foram os aspiradores, TVs, car áudios, DVDs e note books, num total de 6 milhões de produtos fabricados sem chumbo. No ano seguinte, foram as geladeiras, máquinas de lavar roupas, telefones, celulares, fax e componentes de áudio, num total de 188 produtos. A partir de agora, a Panasonic anuncia ter atingido a eliminação do chumbo na totalidade de seus produtos. No Brasil, a empresa emprega 1.400 funcionários e suas vendas, em 2002, foram da ordem de 1,2 milhão aparelhos eletroeletrônicos e 410 milhões de pilhas, que geraram faturamento de R$ 1 bilhão, em duas unidades industriais, em Manaus (AM) e em São José dos Campos (SP). O chumbo é um dos metais pesados de utilização industrial mais variada. Como todo metal pesado, degrada-se muito lentamente no meio ambiente, persistindo durante décadas no solo e no fundo do rios, lagoas e represas. Não é metabolizado pelos animais e sofre o processo de bioacumulação, afetando mais os animais do topo da cadeia alimentar (entre os quais está o homem), nos quais pode provocar várias doenças, como câncer e problemas reprodutivos.

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