
29 de abril de 2011 | 11h43
O Vaticano disse que o caixão foi retirado da cripta sob a Basílica de São Pedro enquanto altos funcionários do Vaticano e alguns dos auxiliares mais próximos do falecido papa observavam e oravam.
Entre os presentes à cerimônia estavam o cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal e braço direito de João Paulo 2o por décadas, e as freiras polonesas que cuidaram da residência papal durante 27 anos.
O caixão de madeira será colocado diante do altar principal da Basílica de São Pedro. Após a missa de beatificação no domingo,ele permanecerá no local e a basílica ficará aberta até que todos os visitante que quiserem vê-lo o tenham feito.
Em seguida ele será conduzido a uma nova cripta sob um altar em uma capela lateral perto da Pietà, estátua de Michelangelo. A laje de mármore que cobria seu primeiro local de repouso será enviada à Polônia.
O papa será beatificado no dia em que a Igreja comemora a festa móvel da Misericórdia Divina, que neste ano acontece em 1o de maio, a data mais importante do mundo comunista.
A coincidência é irônica, dado que muitos acreditam que o papa desempenhou um papel-chave na queda do comunismo no Leste Europeu.
Enquanto o Vaticano se prepara para deixar o antigo pontífice um passo mais perto da santidade no domingo, Roma foi tomada pela febre da beatificação.
A cidade onde ele foi bispo durante 27 anos está adornada com pôsteres do papa em ônibus e postes de luz, e aguarda uma das maiores multidões desde seu funeral em 2005, quando milhões foram prestar suas homenagens.
Grandes torres de TV estão sendo erguidas ao longo da Via Della Conciliazione, o bulevar que leva do Rio Tibre ao Vaticano.
No mínimo algumas centenas de milhares de pessoas são esperadas para a missa na Praça de São Pedro no domingo, quando Bento 16, o sucessor de João Paulo 2, pronunciará uma fórmula latina declarando um dos papas mais populares da história um "abençoado" da Igreja.
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