Papa pede que lefebvrianos reconheçam o Concílio Vaticano II

Bento XVI pediu que bispos que 'deem os passos necessários' para alcançarem a plena unidade com a Igreja

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Por Efe
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O papa Bento XVI pediu nesta quarta-feira, 28, aos quatro bispos lefebvrianos aos quais revogou a excomunhão que "deem os passos necessários" para alcançarem a plena unidade com a Igreja e reconheçam o Concílio Vaticano II.   Veja também:  Vídeo: A polêmica entrevista do bispo Williamson Rabinato de Israel rompe relações com a Santa Sé Papa divide Vaticano ao reabilitar bispo que nega o Holocausto Grupo católico pede desculpas por membro que negou o Holocausto   O pontífice afirmou isto diante das pessoas que estavam presentes na Sala Paulo XVI para a audiência pública das quartas-feiras, oportunidade na qual também pediu a eles "fidelidade e reconhecimento ao magistério e à autoridade do papa".   O papa Ratzinger explicou sua decisão de revogar a excomunhão aos quatro prelados ordenados em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre sem o consentimento de João Paulo II porque, afirmou, a missão do sucessor do apóstolo Pedro é trabalhar pela unidade de todos os cristãos.   O papa disse que realizou "este gesto de paterna misericórdia" porque estes prelados lhe expressaram seus sofrimentos por sua situação.   "Desejo que meu gesto se una ao compromisso deles de dar os passos necessários para conseguir a plena comunhão com a Igreja e testemunhem assim a verdadeira fidelidade e o verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do papa e do Concílio Vaticano II", declarou Bento XVI.   No último dia 24 o papa revogou a excomunhão do suíço Bernard Fellay, do espanhol Alfonso de Galarreta, do francês Tissier de Mallerais e do britânico Richard Williamson.   Patriarca da Igreja Ortodoxa   O papa Bento XVI expressou sua "alegria" pela escolha do metropolita (arcebispo) Kiril, de Kaliningrado e Smolensk, como novo patriarca da Igreja Ortodoxa russa e afirmou que o Vaticano espera que "continue o caminho comum de aproximação".   "Fiquei sabendo com alegria da escolha do metropolita Kiril como novo patriarca de Moscou e de toda a Rússia. Invoco para ele a luz do Espírito Santo em prol de generosos serviços à Igreja Ortodoxa Russa", declarou o papa diante de milhares de pessoas presentes na Sala Paulo XVI para a audiência pública das quartas-feiras.   Bento XVI, segundo informação dada pelo porta-voz Federico Lombardi, foi informado imediatamente da escolha de Kiril e disse que é uma "pessoa bem conhecida e estimada" pelo pontífice.   Paralelamente às palavras do papa, o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos divulgou um comunicado no qual expressou o desejo de que "continue o caminho comum de aproximação que foi iniciado" com os ortodoxos.   "Estamos felizes pela escolha de um patriarca com o qual mantemos relações fraternas há muitos anos e que se reuniu com o papa Bento XVI após sua escolha em abril de 2005 e depois nos meses de maio de 2006 e dezembro de 2007", declarou o dicastério.   Na nota, o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos ressaltou que sabe de "as dificuldades que ainda permanecem", mas que "está disposto e desejoso de cooperar no campo social e cultural para testemunhar os valores cristãos, sem esquecer o objetivo último do diálogo, que é a plena unidade de todos os discípulos de Cristo".

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