15 de janeiro de 2014 | 15h45
Essa foi a medida mais recente do papa para colocar sob controle uma instituição que tem sido fonte de constrangimentos para a Santa Sé e que ele prometeu reformar ou fechar.
Os quatro cardeais foram removidos depois de cumprirem apenas 11 meses dos seus mandatos de cinco anos como comissários que começaram sob o papado de Bento 16, que renunciou em fevereiro do ano passado.
As mudanças ocorreram à medida que Francisco se aproxima de completar um ano como papa, um período marcado por austeridade e sobriedade, destacado por sua decisão de trocar os aposentos papais por um mais modesto.
A nova equipe inclui dois cardeais - Christopher Collins, de Toronto, e Christoph Schoenborn, de Viena - de dioceses relativamente ricas. Os dois lidam bastante com temas financeiros.
Os outros são o arcebispo Pietro Parolin, o novo secretário de Estado do Vaticano, que virará cardeal no mês que vem, e Santos Abril y Castillo, espanhol baseado em Roma e amigo do papa.
O cardeal que permaneceu foi o francês Jean-Louis Tauran. Entre os quatro não reconfirmados está o ex-secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone.
Analistas e autoridades da Igreja o acusam pela supervisão falha que levou aos escândalos da época de Bento 16, incluindo o vazamento de documentos pessoais do papa pelo mordomo.
Bertone tem defendido o seu retrospecto se dizendo vítima de "acusações anônimas e rumores".
O cardeal Domenico Calcagno também foi removido. Ele comandava outro departamento financeiro, que sofre auditoria externa. Magistrados italianos suspeitam de irregularidades financeiras.
Francisco não descartou fechar o banco, se ele não puder ser reformado.
A comissão de cardeais monitora as contas e aprova as estratégias do banco, além de agir como uma ligação entre o papa e a superintendência da instituição.
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