Para Nasa, ciclone Catarina foi furacão

Mas a própria agência espacial ajuda a confundir, chamando fenômeno de ciclone e tufão, como sinônimo de furacão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma nota publicada pela Nasa, a agência espacial norte-americana, reforça a tese de que a tempestade Catarina, que atingiu o litoral catarinense no dia 28, foi mesmo um furacão - o primeiro já registrado via satélite no Atlântico Sul. Mas ainda está longe o fim da polêmica sobre a classificação do fenômeno, considerado por vários especialistas brasileiros como um ciclone extratropical. "Para mim, foi um furacão bem fraco, mas foi um furacão" disse a pesquisadora Robbie Hood, do Nasa Marshall Space Flight Center em Huntsville, no Alabama. Conhecida como uma "caçadora de furacões", ela ficou surpresa ao saber que a tempestade brasileira tinha o nome de Catarina. O título da reportagem da Nasa, na qual ela é citada, é O Furacão Sem Nome. A nota foi divulgada pelo boletim eletrônico de notícias científicas da agência espacial na segunda-feira. Segundo Robbie, sua classificação do Catarina é baseada em imagens e medições realizadas via satélite. Mas ela não descarta a possibilidade de que, ao atingir a costa, a tempestade já tivesse perdido força e pudesse ser caracterizada como um ciclone. "Acho que os meteorologistas no Brasil podem dizer isso melhor do que eu." A reportagem da Nasa também confunde ao colocar os termos ciclone e tufão como sinônimos de furacão. Segundo Robbie ciclone é um termo geral que pode ser usado para descrever tanto um furacão quanto uma tempestade tropical. "A diferença está na velocidade dos ventos", explicou a pesquisadora. O Catarina, segundo a agência espacial norte-americana, foi observado por uma série de satélites da Nasa e da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Ainda não há, segundo a reportagem, explicação para a formação do furacão nessa região.

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