A União Européia e os Estados Unidos afirmaram que o Grupo dos Oito (G8, os sete países mais industrializados e a Rússia) conseguiu progressos significativos durante a cúpula do Japão. Os líderes chegaram a um acordo para reduzir em pelo menos 50% as emissões de gases que causam o aquecimento global. Veja também: Seul se compromete a reduzir pela metade emissões de CO2 Para ONGs, atitude do G8 contra mudança climática é 'patética' G8 e G5 pedem cortes profundos nas emissões de CO2 "Deixamos Toyako com uma boa sensação, embora ainda reste muito trabalho pela frente", indicou o presidente da CE, José Manuel Barroso, após as reuniões dos líderes do G8 com os de outras doze economias emergentes. Barroso disse em comunicado que o texto estipulado na cúpula, e que era o principal ponto da agenda criada pelo Governo do Japão, deve se transformar em "realidade". O presidente da CE também afirmou que é um "erro" dizer que o tema da mudança climática é motivo de "confronto entre os países desenvolvidos e os que estão em processo de desenvolvimento". "Claro que aceitamos nossa fatia da responsabilidade, mas este é um desafio mundial que requer uma resposta global", apontou. Barroso pediu ainda que os países do Grupo dos Cinco (Brasil, China, México, Índia e África do Sul), a Austrália, a Coréia do Sul e a Indonésia, cujos líderes se reuniram hoje com os do G8, "reconheçam que não existe uma contradição entre o crescimento econômico e a redução de emissões". Segundo Barroso, desde 1990 a economia da União Européia (UE) "cresceu 25%, enquanto reduziu as emissões de CO2 em 8%".