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Pedido de prisão de dirigentes da Cataguazes é criticado

Representantes do Ministério Público consideraram inadequado o pedido de prisão preventiva de Félix Santana e João Gregório do Bem, representantes das empresas Cataguazes

Por Agencia Estado
Atualização:

O procurador de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas, Jarbas Soares Júnior, porta-voz dos promotores e procuradores envolvidos na apuração do desastre ambiental em Cataguases (MG), afirmou que os representantes do Ministério Público consideraram inadequado o pedido de prisão preventiva de Félix Santana e João Gregório do Bem, dirigentes das empresas Cataguazes. ?Não era o caso de prisão preventiva?, avaliou. Jarbas Soares disse que o procurador da República de Campos (RJ), Eduardo dos Santos Oliveira, afirmou em reunião de representantes do Ministério Público em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, que o pedido de prisão dos dirigentes das indústrias partiu do escritório da Polícia Federal na cidade. ?Nós temos de ter um interlocutor com a empresa?, reclamou o procurador. Santana foi preso, e Gregório do Bem continua foragido. Ele, contudo, disse que já é possível concluir que ?é indiscutível o crime? e pela ?responsabilidade da empresa? e que o MP vai investigar eventuais omissões de servidores e autoridades. As ações, de acordo com Jarbas Soares, se concentrarão na prevenção de novos acidentes e na recuperação dos danos causados. Erosão Um laudo técnico elaborado por geólogos e engenheiros especialistas em barragens da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) indica que o rompimento da barragem de rejeitos químicos foi causado por erosão. O relatório aponta que as fortes chuvas que caíram na região contribuíram para o acidente. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, José Carlos Carvalho, que também participou da reunião, disse que as obras emergenciais na cidade de Cataguases continuam concentradas na segunda barragem. Segundo ele, o reservatório está a um metro e meio do nível de segurança e o risco de um novo rompimento é iminente. José Carlos Carvalho disse que os técnicos estudam a possibilidade de construir um novo reservatório, onde seria depositada parte dos rejeitos.

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