"Pequena sereia" peruana passa bem

Ela sofre da síndrome de sereia - membros inferiores colados. A cirurgia de separação, segundo o médico Luis Rubio, obteve êxito

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Por Agencia Estado
Atualização:

A menina Milagros Cerrón Arauco, de um ano de idade, reagiu bem à cirurgia a que foi submetida anteontem em Lima, no Peru, para separar os membros superiores. Ela sofre da "síndrome de sereia" - tem as pernas coladas, como a parte inferior das sereias das lendas. "Trinta e oito horas após a cirurgia, a menina respondeu favoravelmente. Não tem febre, ela tolera bem os alimentos e a irrigação dos membros inferiores é muito boa", explicou o cirurgião peruano Luis Rubio, que liderou a operação. Na madrugada de 1º de junho, Milagros foi submetida a uma cirurgia de seis horas, na qual foram separadas suas extremidades inferiores - dos calcanhares até a virilha - para a formação das pernas. O cirurgião disse que os pés de Milagros responderam muito bem aos testes de reflexos feitos ontem. "Com isso, afastam-se os temores que apontavam que a cirurgia tinha afetado a irrigação sanguínea das extremidades inferiores". A expectativa do médico e que em 15 dias a menina já possa dobrar os joelhos por vontade própria. Milagros é um dos três casos únicos no mundo com a síndrome de sereia que sobreviveram mais de uma semana após o nascimento. A equipe médica espera que em dois anos a menina comece a caminhar. Mas, mais tarde, será preciso fazer uma série de operações que devem deixá-la sob cuidados em hospitais até os 13 anos.

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