Pesquisa aponta lacunas na proteção a espécies em extinção

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Por Agencia Estado
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Mais de trezentas espécies de animais, incluindo algumas bem exóticas, como as raposas voadoras das Ilhas Comoros e os papagaios de orelha amarela dos Andes colombianos, estão completamente desprotegidas. Ao menos é o que sustenta um estudo divulgado esta semana na revista científica Nature. Ainda que cerca de 11,5 % da superfície terrestre situe-se em zonas consideradas ?protegidas?, os pesquisadores do instituto Conservation International (CI), sediado em Washington e responsável pelo estudo, argumentam que ?a área protegida em todo o mundo está longe de ser a ideal?. A estratégia de conservação global, com uma meta de incluir em áreas protegidas pelo menos 10 % da superfície do planeta até o ano 2000, foi formulada no Congresso Mundial dos Parques, que aconteceu em 1992. A meta foi até ultrapassada, mas os ambientalistas acreditam que mais áreas protegidas são necessárias nas regiões onde há uma maior biodiversidade. ?Proteger mais de 10 % da superfície do planeta é um grande feito?, disse Gustavo Fonseca, vice-presidente executivo do CI. ?Mas este último estudo prova que devemos focalizar nossos esforços naqueles ecossistemas que possuem uma maior concentração de espécies endêmicas ameaçadas?. A maior parte das lacunas apontadas pelo estudo localiza-se no cinturão tropical do planeta ? principalmente em ilhas e regiões montanhosas na América Central, no Caribe, leste e oeste da África, na Índia, Mianmá e na área do Pacífico. Cerca de 150 espécies ameaçadas de mamíferos, 411 de anfíbios, e 232 de pássaros vivem em áreas desprotegidas e, segundo o estudo, correm sério risco de extinção.

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