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Pesquisa constata regeneração de células do pâncreas

Estudo abre perspectiva para tratamento de diabéticos. Cerca de 10% poderiam parar de tomar insulina

Por Agencia Estado
Atualização:

Em todo mundo há cerca de 171 milhões de diabéticos. Um novo estudo publicado na revista britânica Nature poderá ajudar 10% deles, que têm diabete tipo 1, a ter uma vida melhor no futuro. A pesquisa mostrou que as células beta do pâncreas, responsáveis por liberar insulina na corrente sanguínea, podem se regenerar. Com a quantidade certa delas no pâncreas, o que ocorre numa pessoa normal, diabéticos tipo 1 não teriam de tomar insulina - nesse tipo de diabete, o sistema imunológico ataca e destrói as células especializadas que produzem a insulina. O estudo, feito por Douglas Melton, da Universidade de Harvard, e colegas, colocou sinalizadores nas células beta e as seguiu ao longo de suas vidas em camundongos adultos. Eles descobriram que as células beta são criadas principalmente a partir de outras células beta já existentes no pâncreas. Células-tronco Estudos anteriores sugeriam que células-tronco embrionárias ou adultas poderiam servir de fonte para a criação de células beta. A nova pesquisa não encontrou nenhuma evidência que comprovasse a idéia de que células-tronco adultas possam estar envolvidas na regeneração das células beta. Alguns especialistas discordam da conclusão de que as células-tronco adultas não têm um papel na regeneração dessas células. "Temos de manter todas as opções abertas", disse Vijay Ramiya, da Universidade da Flórida. Não fica claro também se as células beta podem se multiplicar em número suficiente para serem úteis. A pesquisa não fala da diabete tipo 2, relacionado à obesidade, responsável por 90% da diabete no mundo.

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