Pesquisadores terão equipamentos para facilitar estudo do proteoma

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cientistas brasileiros que pesquisam as proteínas, em projeto de proteoma (o conjunto das proteínas do corpo) ou de biologia estrutural, têm, a partir da próxima semana, mais dois equipamentos à disposição. São dois aparelhos de ressonância magnética adquiridos há um ano pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, que a partir de agora poderão ser usados por pesquisadores de outras instituições. Juntos, eles custaram US$ 1,5 milhão e foram financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo o diretor do Centro de Biologia Molecular Estrutural do LNLS, Rogério Meneghini, cada cientista, dependendo da pesquisa, poderá usar um ou outro dos equipamentos em média por uma semana. "Calculamos que num ano poderão ser determinadas as estruturas de cerca de 30 proteínas", diz. De acordo com Meneghini, o LNLS é o único centro de pesquisa brasileiro que oferece a cientistas acesso às duas principais técnicas utilizadas para determinar a estrutura tridimensional em nível atômico de proteínas: a ressonância magnética multinuclear e a cristalografia por meio de raio X obtido na fonte de luz síncrotron. Com elas é possível determinar onde se localiza cada um dos átomos de uma proteína, que podem chegar a milhares. O estudo das estruturas e funções de proteínas é uma das mais promissoras áreas científicas da atualidade, pois elas são responsáveis pelo metabolismo de todos os seres vivos. Como a função das proteínas está ligada à sua forma tridimensional, conhecendo essa última os pesquisadores podem entender o papel de cada uma delas. Isso permite desde saber como ocorrem determinadas doenças até desenhar novas moléculas para medicamentos.

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