PF caça 16 madeireiros foragidos no Pará

"Estamos diante de crimes que poderão revelar muito mais criminosos do que aqueles que as investigações já conseguiram descobrir", diz o chefe da Procuradoria da República no Pará, José Augusto Torres Potiguar

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Por Agencia Estado
Atualização:

Procuradores da República e policiais federais já têm uma certeza sobre as fraudes praticadas por 114 madeireiras do Pará: há "laranjas" que aparecem como donos de empresas, enquanto os verdadeiros criminosos estão foragidos. Hoje, a PF tentava prender outras 16 pessoas para cumprir o total de 32 mandados expedidos pelos juízes federais Rubens Rollo D´Oliveira, José Airton Portela e Antonio Carlos Campelo. Onze presos foram transferidos da sede da Polícia Federal em Belém para a Penitenciária de Marituba, onde outros cinco estão sendo esperados após terem sido presos no sul e sudeste do Estado. Um deles, Nei Raimundo Lopes dos Santos, da Majecapp, chegou a dizer ter recebido dinheiro para "emprestar" o nome e o número do CPF para uma pessoa que ele diz não conhecer. "Estamos diante de crimes que poderão revelar muito mais criminosos do que aqueles que as investigações já conseguiram descobrir", disse o chefe da Procuradoria da República no Pará, José Augusto Torres Potiguar. De acordo com o Ibama, entre as madeireiras envolvidas há aquelas que fraudaram apenas uma Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), mas há também algumas, como a J.J.R Madeiras Ltda, que falsificou 70, movimentando 1.176 metros cúbicos de madeira, sem nenhum controle oficial. Outra empresa, a Pérola Madeira do Pará Ltda, conseguiu movimentar 7.932 metros cúbicos duplicando as guias emitidas pelo Ibama.

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