Picada de abelha no pênis é destaque no Prêmio Ig Nobel 2015

Sátira do Prêmio Nobel homenageou ontem, em cerimônia nos Estados Unidos, os estudos mais inusitados e engraçados do ano

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Por Redação
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Os vencedores da 25ª edição do Prêmio Ig Nobel foram anunciados ontem, em uma cerimônia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Sátira do Prêmio Nobel, o Ig Nobel premia desde 1991 estudos inusitados, engraçados, ou simplesmente óbvios. 

A lista de pesquisas bizarras deste ano inclui fixar varetas no traseiro de galinhas para fazê-las andar como dinossauros, experimentar uma picada de abelha no pênis para produzir uma escala de medição de dor, calcular matematicamente como um sultão do século 17 conseguiu produzir 888 filhos e demonstrar que todos os mamíferos esvaziam a bexiga em 21 segundos (com uma margem de erro absurda).

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O evento é produzido pela revista de humor científico Anais da Pesquisa Improvável (AIR, na sigla em inglês). Durante a premiação, que contou com a presença de 1100 espectadores, os vencedores entraram no palco de mãos dadas com cientistas agraciados com o verdadeiro prêmio Nobel.

O mestre de cerimônias, Marc Abrahams, editor do AIR, fechou a cerimônia com a tradicional frase "se você não ganhou um prêmio Ig Nobel esta noite - e especialmente se você ganhou - desejo mais sorte no próximo ano".

Confira quem foram os vencedores e os temas de suas pesquisas:

Biologia

Bruno Grossi, Omar Larach, Mauricio Canals, Rodrigo Vásquez e José Iriarte-Díaz (Chile).

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Observaram que quando se fixa uma vareta no traseiro de uma galinha, ela anda de maneira semelhante à que se imagina que os dinossauros andavam.

Fisiologia

Justin Shmidt e Michael L. Smith (Estados Unidos).

Shmidt criou o Índice Schmidt de Dor, que mede a dor relativa que as pessoas sentem ao serem picadas por diferentes insetos. Smith fez com que abelhas o picassem meticulosamente em 25 locais diferentes de seu corpo. Ele determinou os locais menos dolorosos (crânio, ponta do dedo anular, e braço) e os mais dolorosos (narinas, lábio superior e pênis).

Química

Callum Ormonde e Colin Raston (Austrália), Tivoli Olsen e Greg Weis (EUA). 

Inventaram uma receita química para para “descozinhar” um ovo, parcialmente.

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Física

Patricia Yang, David Hu, Jonathan Pham, Jerome Choo (Taiwan). 

Testaram o princípio biológico de que quase todos os mamíferos esvaziam suas bexigas urinando por cerca de 21 segundos (com margem de erro de mais ou menos 13 segundos).

Literatura

Mark Dingemanse, Francisco Torreira e Nick J. Enfield(Holanda). 

Descobriram que a palavra “hã?” (ou seu equivalente) parece existir em todas as línguas do planeta – e por não terem muita certeza da razão para isso.

Medicina

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Hajime Kimata (Japão), Jaroslava Durdiaková (Eslováquia) e colegas.

Reralizaram experimentos para estudar os benefícios biomédicos ou consequências biomédicas de beijos intensos (além de outras atividades interpessoais íntimas)

Matemática

Elizabeth Oberzaucher e Karl Grammer (Áustria).

Desenvolveram técnicas matemáticas para determinar se o sultão Mulai Ismail, do Marrocos, teria de fato conseguido produzir 888 filhos entre os anos de 1679 e 1727.

Medicina diagnóstica

Diallah Karim (Canadá), Anthony Harnden (Nova Zelândia),Nigel D'Souza (Bélgica), Andrew Huang (China),Abdel Kader Allouni (Síria), Helen Ashdown, Richard Stevens e Simon Kreckler (Reino Unido)

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Determinaram que a apendicite aguda pode ser diagnosticada com precisão pela intensidade da dor de um paciente num carro que acelera sobre uma lombada.

Economia

Polícia Metropolitana de Bangcoc (Tailândia)

Ofereceram pagamento extra a policiais que se recusam a aceitar suborno.

Administração

Gennaro Bernile (Itália), Vineet Bhagwat (Estados Unidos) e Raghavendra Rau (Reino Unido). 

Descobriram que muitos empresários desenvolvem voracidade pelo risco durante a infância, quando vivenciaram desastres naturais como terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis e incêndios que não tiveram - para eles - consequências pessoais graves.

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