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Poluição do ar em Cubatão volta a preocupar

Região do Pólo industrial da cidade teve aumento no índice de partículas em suspensão

Por Agencia Estado
Atualização:

O ar na região do pólo industrial de Cubatão está piorando, segundo o último relatório apresentado pela Cetesb. O número de partículas em suspensão, que era de 80 microgramas por metro cúbico entre 1999 e 2002, passou para 105 em 2003. Apesar da redução em 2004 para 85 microgramas por metro cúbico, a situação ainda preocupa, pois o índice considerável aceitável pela órgão é de, no máximo, 50 metros cúbicos de partículas em suspensão. A Cetesb tem 30 estações automáticas de monitoramento em todo o Estado de São Paulo, que medem a concentração de monóxido de carbono, ozônio, fumaça e outras partículas em suspensão no ar. Duas ficam em Cubatão. Segundo a companhia ambiental, a causa do aumento da quantidade de partículas em suspensão no ar teria sido a instalação de um pátio para estacionamento de caminhões, bem perto da unidade de medição da Vila Parisi. De acordo com técnicos da Cetesb no município, a movimentação de veículos em uma área não pavimentada, como a do pátio de caminhões, estaria gerando uma "ressuspensão" muito maior de material particulado, de poeira em suspensão, que estaria sendo captada pelos sensores dos equipamentos de monitoramento do órgão. "Abrimos processos administrativos, com autuações à empresa e estamos negociando a pavimentação da área e algumas outras medidas necessárias para amenizar os impactos decorrentes dessa atividade", concluiu o gerente da companhia em Cubatão, Marcos Cipriano. A assessoria de imprensa do pátio, administrado pelo Complexo Intermodal de Cubatão (Cincu), informou que até a próxima sexta-feira vai encaminhar à Cetesb um projeto para reduzir o número de partículas expelidas pelos caminhões. Riscos à saúde O tisiologista e pneumologista Josué Reinaldo Ferreira disse ontem que o excesso de partículas inaláveis no ar pode gerar uma série de distúrbios respiratórios, podendo provocar até o endurecimento dos pulmões. Segundo o especialista, a inalação constante dessas partículas, principalmente as de origem mineral, pode facilitar a ocorrência de tuberculose.

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