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Preguiças gigantes viveram há mais de 13 mil anos no PA

As preguiças gigantes, de seis metros de comprimento, eram terrestres, do grupo Megatério (Eremotherium)

Por Agencia Estado
Atualização:

A floresta amazônica pode ter sido uma grande savana, como as que se vêem hoje na África. A teoria ganha força com uma descoberta feita em Itaituba (PA). Durante uma escavação, foram encontrados fósseis de três preguiças gigantes, além de ossos de um mastodonte. O Museu Paraense Emílio Goeldi enviou um dos fósseis para ser datado nos Estados Unidos. Como o colágeno do osso de uma das preguiças estava intacto, foi possível fazer uma datação por Carbono 14 mais precisa, com um acelerador de espectômetro de massa. Segundo o estudo, os animais viveram há 13.340 anos. As preguiças gigantes, de seis metros de comprimento, eram terrestres, do grupo Megatério (Eremotherium). Sua alimentação e necessidade de locomoção em grandes áreas indicam a existência da savana no local. "Dentro da reconstituição ambiental, sabemos que houve uma substituição da savana pela floresta tropical úmida", diz Peter Toledo, diretor do museu. "Mas estamos longe de saber como isso aconteceu." A descoberta das três preguiças juntas, um adulto, um adulto jovem e um filhote, também indica que esses animais viviam em bando. O mastodonte, que será datado depois, estava em uma camada inferior, e deve ser mais antigo.

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