Projeto recria parque de Mata Atlântica no interior de SP

Área de 30 hectares em Itapetininga tem grande valor ambiental. Levantamento preliminar revelou animais raros, como o tamanduá-bandeira e o gato-do-mato, e 18 espécies de aves

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Por Agencia Estado
Atualização:

Fechado há mais de 20 anos, o Parque Ecológico do Mato Seco, em Itapetininga, na região de Sorocaba, pode voltar a receber visitantes. Um projeto visando a reabertura da reserva será entregue esta semana ao prefeito Ricardo Barbará (PSDB). Trata-se de uma área de 30 hectares com remanescentes de Mata Atlântica considerada de grande valor ambiental. No levantamento preliminar de flora e fauna, o consultor ambiental Fernando Rosa Júnior encontrou animais raros, como o tamanduá-bandeira e o gato-do-mato, e 18 espécies de aves. Ele catalogou espécies ameaçadas de extinção. A cidade não dispõe de outro parque e o plano é usar a área em programas de educação ambiental envolvendo as escolas da região. O parque fica no bairro do Mato Seco, a 7 quilômetros da área urbana, e foi criado em 1979 pelo então prefeito Fernando Rosa, pai do consultor. Em 83, a área foi fechada ao público pela prefeitura, que alegava dificuldades para sua manutenção. A reserva, rebatizada de Parque Ecológico São Francisco de Assis, ficou abandonada. Rosa Júnior iniciou um levantamento da área em 2003, apresentando um anteprojeto à prefeitura. Como houve interesse, decidiu aperfeiçoar os estudos, visitando outras áreas ecológicas da região, como os parque estaduais de Carlos Botelho, em São Miguel Arcanjo, e Intervales, em Ribeirão Grande, que preservam a Mata Atlântica. "O passo seguinte foi pesquisar e cadastrar aves, nascentes de água e parte da flora." A proposta inclui a criação de um viveiro de mudas nativas e de um centro para recuperação de animais, visando atender espécimes apreendidos pela Polícia Ambiental. O local tem também interesse histórico pois abrigou, em 1908, o primeiro reservatório usado para abastecer a cidade.

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