Os programas de proteção da mata atlântica serão reforçados com a liberação de cerca de R$ 112 milhões. Parte do dinheiro virá como doação da Alemanha. Outra parcela é de contrapartida dos Estados brasileiros que estão assinando acordos bilaterais com o Programa Piloto para Proteção de Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) . A verba deverá ser aplicada em licenciamento ambiental, fiscalização, prevenção e criação ou consolidação de unidades de conservação nas áreas remanescentes da mata atlântica, em São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Outra fatia financiará a formação de corredores ecológicos entre Bahia e Espírito Santo. Os corredores visam a criar conexões entre as unidades de conservação da mata atlântica entre os dois Estados, que se transformaram em ilhas cercadas por cidades. Cerca de 100 milhões de pessoas habitam a região. "Não significa que vamos refazer toda a floresta", ressalta o coordenador-geral do projeto Corredores Ecológicos do Ministério do Meio Ambiente, Militão Ricardo. Ele diz que uma das idéias, por exemplo, é incentivar atividades agrícolas, como o plantio de cacau, que garantam o "fluxo genético" de pássaros, mamíferos e vegetais.