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Pulsares oferecem nova comprovação da Relatividade Geral

Rotação de uma estrela de nêutrons em torno de outra permite realizar mais um teste da teoria de Eisntein

Por Da Redação e com agência EFE
Atualização:

O eclipse de uma estrela de nêutrons por outra, a 1.700 anos-luz da Terra, confirma um efeito previsto pela Teoria da Relatividade Geral, apresentada por Albert Einstein nas primeiras décadas do século passado.  O estudo do eclipse da estrela de nêutrons, que emite rajadas de radiação e por isso é categorizada como um pulsar, está descrito na edição desta semana da revista Science. Dos quase 2.000 pulsares já identificados no espaço, este é o único caso de dois que giram um em torno do outro, explicou René Breton, da Universidade McGill de Montreal. O plano da órbita do par está perfeitamente alinhado com a linha de visão da Terra, de forma que quando um pulsar passa por trás do outro, o gás ionizado que cerca as estrelas apaga o sinal de rádio do mais distante, acrescentou. De acordo com a Relatividade Geral, quando dois corpos de grande massa giram um em torno do outro e, ao mesmo tempo, em torno de seus próprios eixos, a gravitação e a rotação de um devem afetar o eixo de rotação do outro. O pulsar binário representa a condição ideal para testar essa previsão, disse o cientista, e o teste confirmou os cálculos de Einstein. "A teoria já passou por todas as provas realizadas, incluindo a nossa. Se alguém quiser propor uma teoria alternativa, terá de levar nossos resultados em consideração", disse Breton. Muitos cientistas acreditam que a Relatividade Geral é uma teoria incompleta, pois não leva em consideração os efeitos da mecânica quântica, que afetam as partículas mais básicas da matéria. Compatibilizar as duas teorias é um dos principais desafios da física na atualidade.

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