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Quioterapia reduzida é risco para obesas

Médicos temem efeitos de remédios em obesas com câncer de mama, mas estudo mostra que redução é prejudicial

Por Agencia Estado
Atualização:

Administrar doses reduzidas de quimioterapia nas mulheres obesas com câncer de mama é um risco, ao contrário do que algumas correntes acreditam, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira na versão eletrônica da revista britânica The Lancet. Esta prática bastante freqüente pelo medo dos efeitos tóxicos particulares neste grupo não tem bases sólidas, afirma o estudo de uma equipe internacional dirigida pelo doutor Marco Colleoni, do Instituto Europeu de Oncologia de Milão (Itália). O estudo, com um grupo de 249 mulheres obesas, mostra que 97 delas receberam menos de 85% da dose prevista pelo protocolo do tratamento. As pacientes, cujos tumores não apresentavam receptores ao estrogênio (característica levada em conta pelos oncologistas) e que receberam 85% ou mais da dose preconizada em sua primeira cura, tiveram uma sobrevivência sem recaídas e de conjunto melhor do que as que receberam menos de 85% da dose de quimioterapia recomendada. Já nas mulheres que deram positivo para estes receptores, a administração de doses inferiores às recomendadas parece não ter conseqüências negativas.

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