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Ratificar Kyoto contraria interesses da Austrália, diz premier

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, afirmou no Parlamento, nesta quarta-feira, que ratificar o Protocolo de Kyoto iria contra os interesses nacionais. "Enquanto os maiores países contaminantes do mundo, incluindo Estados Unidos e China, não fizerem parte do Protocolo de Kyoto, é inútil e negativo para um país como a Austrália, assiná-lo", declarou. A negativa australiana em ratificar o protocolo, que começa a vigorar neste 16 de fevereiro, foi motivo de críticas e protestos em todo o país por parte de grupos como Greenpeace, The Wilderness Society, Total Environment Centre e Climate Action Network Australia. Pântano seco O Greenpeace, que colocou um enorme cartaz na parte seca do maior pântano de Nova Gales do Sul, Warragamba, onde se lia "isto é a mudança climática", pode ser multado em quase 850 dólares australianos pelo protesto, segundo a Autoridade de Águas de Sydney. A organização ecológica distribuiu hoje milhares de pequenos moinhos de vento de papel, também como protesto. Na Nova Zelândia, país que ratificou o protocolo, seis ativistas da organização marcaram a data instalando um acampamento no cume da empresa de energia Marsden B, de 50 metros de altura. Eles levaram comida e água e pretendem passar alguns dias no acampamento. A entrada em vigor do Protocolo de Kyoto foi possível depois da ratificação pela Rússia, responsável por 17,4% da emissão de gases na atmosfera. Com isso se alcançou o mínimo de 55% de emissões totais de gás, previstos para o protocolo poder ser aplicado.   mudanças climáticas

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