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Rede de dados por satélite combaterá desmatamento

Centro de Monitoramento Ambiental é conectado com 900 pontos do Sistema Integrado de Proteção da Amazônia (Sipam)

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma rede virtual, com informações captadas por satélite, é apontada como a mais nova arma do governo para frear o desmatamento na Amazônia Legal. Batizado de Centro de Monitoramento Ambiental (Cemam), o sistema terá como base a sede do Ibama, conectada com 900 pontos do Sistema Integrado de Proteção da Amazônia (Sipam). Além de detectar, em tempo real, ações que indiquem o desmatamento, o centro está apto a apontar a ocorrência de queimadas, incêndios florestais e ocupação irregular do solo. Logo depois de inaugurar o sistema, na terça-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o Cemam tornará mais efetivas as ações de fiscalização feitas por funcionários. Além de uma ação dirigida, os dados fornecidos pelo sistema deverão inibir irregularidades dos agentes. "Se você tem as imagens e as coordenadas geográficas, não há como o fiscal voltar de uma missão sem resultado prático", disse a ministra. Queixa O orçamento do Cemam é de R$ 6 milhões. A idéia é de que as atividades sejam divididas em áreas temáticas, todas com o objetivo de identificar atividades potencialmente poluidoras ou causadoras de degradação. Marina queixou-se que, embora venha dedicando sua gestão a atividades estruturantes, muitas vezes ela é incompreendida por vários setores da sociedade - incluindo o Ministério Público. "A legislação ambiental é uma conquista que tem de ser respeitada", afirmou. "Não queremos satanizar ninguém, mas não somos pagos para sacralizar o crime."

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