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Reforma americana levou práticas corporativas para dentro da escola

A reforma no sistema educacional americano iniciada no governo George W. Bush teve como principal conceito a adoção de práticas corporativas, com base em avaliações, cobranças e resultados. Por meio de uma lei assinada em 2002, chamada No Child Left Behind (nenhuma criança fora da escola), todas as escolas ficaram obrigadas a fazer com que seus alunos atingissem níveis de proficiência em leitura e matemática até 2014. Outro programa, chamado Accountability, previa a responsabilização do gestor, da escola e do professor pelo desempenho do aluno.Escolas cujos alunos tivessem desempenho considerado insuficiente nas avaliações padronizadas, realizadas ao fim de cada ano, puderam ser fechadas. E cada um desses alunos recebeu um crédito para estudar em uma escola particular ? era possível também optar pela transferência para uma outra escola pública, em um bairro mais distante, com transporte pago pelo governo.A ideia era que, concedendo crédito para os alunos estudarem em colégios privados, a competição de mercado entre as escolas faria com que elas melhorassem. E que os estudantes se interessassem pelo que estavam aprendendo.O projeto, que provocou bastante polêmica nos Estados Unidos, sendo elogiado por parte dos educadores e criticado por outros, inspirou políticas públicas educacionais adotadas no Brasil.O governo federal criou metas para cada escola e rede do País, com avaliações periódicas para avaliar o cumprimento dessas metas. Na rede estadual de São Paulo, também foi criado um indicador específico ? e um bônus para os professores cujos alunos tivessem o desempenho esperado nas avaliações da rede.

Por Simone Iwasso
Atualização:

 

MODELO

 

Avaliações

Foram criadas avaliações anuais para verificar o nível de aprendizagem dos estudantes.

 

Responsabilização

Diretores e professores passaram a ser responsabilizados pelo desempenho dos alunos e escolas foram fechadas.

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