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Relatora da ONU lamenta proibição de minaretes na Suíça

Mais da metade dos suíços rejeitou em plebiscito a possibilidade de construir as torres nas mesquitas

Por Efe
Atualização:

A relatora da ONU sobre a liberdade religiosa, Asma Jahangir, também lamentou nesta segunda-feira, 30, a proibição na Suíça de construir minaretes nas mesquitas, ou seja, torres no alto dos centros muçulmanos.

 

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"Tenho uma profunda preocupação pelas consequências negativas que possa ter o resultado desta votação na liberdade de religião ou de convicção dos membros da comunidade muçulmana na Suíça", declarou Jahangir. "Com efeito, a proibição dos minaretes vira uma restrição injustificada da liberdade de manifestar sua religião, e constitui uma discriminação evidente para os muçulmanos da Suíça", completou. Ela ressaltou que este voto lembra "que nenhuma sociedade está a salvo da intolerância religiosa".

 

Segundo dados oficiais, 57,5% dos suíços rejeitaram em plebiscito a possibilidade de construir minaretes nas mesquitas. Os argumentos da ultradireitista UDC, majoritária no Parlamento suíço e presente no Governo colegiado, convenceram 1,53 milhão de eleitores. Contrário à iniciativa, o Governo obteve o apoio de 1,13 milhão de cidadãos, 42,5% dos eleitores.

 

O resultado da votação de domingo causou comoção no Governo suíço. A ministra de Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, assegurou que os defensores da iniciativa antimuçulmana realizaram "uma instrumentalização muito bem feita", apelando ao medo e aos preconceitos.

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