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Reservas extrativistas serão abertas ao ecoturismo

Visitação vai criar uma alternativa de renda para comunidades extrativistas, que já começam a ser capacitadas

Por Agencia Estado
Atualização:

As primeiras oito reservas extrativistas (Resex) a receber ecoturistas nacionais e internacionais já foram definidas pelo Ibama, que pretende abrir à visitação todas as unidades com esta vocação. O Brasil tem 24 Resex, somando cerca de 5 milhões de hectares, dos quais 4,122 milhões estão na Amazônia. Tratam-se de unidades de conservação de uso direto, cuja população deve seguir parâmetros de exploração sustentável dos recursos naturais. Com a abertura, o ecoturismo agora passa a ser uma alternativa de renda para as comunidades, que optarem por tal estratégia durante a elaboração do Plano Diretor de cada Resex. As comunidades do Lago do Cuniã (RO), Cajari (AP), Tapajós-Arapiuns (PA), Soure (PA), Lagoa do Jequiá (AL), Corumbau (BA), Ilha do Cajual (MA) e Quilombo do Frechal (MA) já estão elaborando os diagnósticos, onde se avalia a capacidade de suporte de turistas, a disponibilidade e as necessidades de infra estrutura e outros detalhes, que precedem a capacitação dos extrativistas, a ser feita em parceria com o Sebrae. A expectativa é de que os primeiros roteiros turísticos já estejam prontos para operar a partir de dezembro deste ano. ?Tudo depende das comunidades, que serão as grandes protagonistas deste processo?, observa Gabriela Silva Noronha, gerente do Programa Estratégico de Incentivo ao Ecoturismo nas reservas Extrativistas, do Ibama. ?Nós vamos dar um empurraozinho, mas elas terão de levar o projeto adiante, tudo de forma muito participativa?. Em alguns casos, os turistas serão hospedados nos alojamentos do próprio Ibama, dotados de acomodações para 10 a 15 pessoas, com energia solar. Em outros casos, serão construídas pousadas e acertadas as trilhas com recursos comunitários e uso de materiais locais, como já foi feito na Resex de Curralinho-Pedras Negras, em Rondônia, com apoio da entidade ambientalista Ecoporé, que entra em funcionamento na segunda fase do programa, em 2003. Gabriela ainda conta com a parceria do Programa Comunidade Solidária, ligado à Presidência da República, e com o apoio técnico das regionais do Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT), do próprio Ibama, que colabora com recursos financeiros e informações científicas e tecnológicas.

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