21 de dezembro de 2011 | 13h29
No dia 22 de setembro, um grupo internacional de cientistas trabalhando no projeto Opera da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciou ter descoberto que partículas fundamentais, conhecidas como neutrinos, são capazes de viajar a uma velocidade 60 nanossegundos mais rápida que a da luz.
O achado, caso comprovado, poria fim a uma das mais importantes e fundamentais regras da física moderna: a teoria da relatividade especial, formulada por Albert Einstein em 1905, que postula que nada viaja mais rápido que 299.792.458 metros por segundo - a velocidade da luz.
Quando anunciado, o experimento foi visto com ceticismo por grande parte da comunidade científica e apenas um mês após a descoberta foi publicado o primeiro trabalho questionando a existência do neutrino mais rápido que a luz. Depois disso, no mês de novembro, ainda foram publicados mais dois trabalhos comprovando e depois desmentindo o achado.
A discussão cientifica sobre o neutrino super rápido ainda deve ir longe: parece que os físicos não vão desistir da teoria da relatividade tão cedo. E ainda vale lembrar que a própria existência desse elemento subatômico - descoberto em 1934 e produzido no decaimento radioativo ou em reações nucleares - ainda intriga os cientistas.
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