Retrospectiva 2011: Queda de dois satélites e asteroide próximo à Terra

Durante este ano, presenciamos a queda de dois objetos espaciais em locais diferentes do planeta e a aproximação assustadora de um asteroide

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Por Redação
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O ano de 2011 foi marcado por notícias sobre objetos que chegaram assustadoramente perto da Terra. O Uars, satélite desativado da agência espacial norte-americana (Nasa) - que já havia ameaçado a Estação Espacial Internacional (ISS) em 2010 - entrou em rota de colisão com a Terra e retornou a sua atmosfera no dia 24 de setembro. A reentrada do satélite gerou nervosismo por todo mundo, pois a Nasa não pode precisar o local da queda até poucas horas antes do impacto O Uars acabou por não ser uma ameaça para a Terra, mas pouco depois de sua volta a agência espacial alemã (DLR) já anunciou que outro satélite desativado estaria em rota de colisão com a Terra em breve. O Rosat por algum tempo foi considerado uma ameaça para o território europeu, o que novamente gerou ansiedade conforme a data marcada para sua reentrada se aproximava. Finalmente, o gigantesco pedaço de lixo espacial de 55 toneladas entrou na atmosfera terrestre no dia 23 de outubro, caindo na região do Golfo de Bengala sem causar nenhum prejuízo. Quando parecia que o planeta havia passado ileso por 2011, a Nasa anunciou que o asteroide 2005 YU55 (que já havia sido considerado um objeto potencialmente perigoso para o planeta) se aproximaria mais da Terra que a Lua. Novamente, a aproximação gerou alguma agitação. Isso porque, como explica Cássio Leandro Barbosa: "Todos os dias a Terra é atingida por milhares de pedaços de rochas ou mesmo lixo espacial. Mas na grande maioria das vezes esse material é incinerado pelo atrito com a atmosfera terrestre. Além disso, três quartos da superfície do planeta estão cobertos por oceanos. Grande parte do material que sobrevive ao atrito com a atmosfera acaba caindo no mar. No caso do tão falado 2005 YU55, mesmo caindo na água, o impacto de uma pedra desse tamanho causaria um tsunami de proporções inimagináveis." Tudo correu bem e a visita desse corpo rochoso não apenas não ameaçou a Terra como também permitiu que a agência espacial norte-americana estudasse melhor sua composição. Mas vale lembrar que, embora a possibilidade de uma colisão potencialmente perigosa da Terra com algum objeto vindo do espaço seja muito pequena, ela existe e demanda vigília constante e o desenvolvimento de métodos de contenção.

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