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Rio terá parque tecnológico ainda este ano

Entre outubro e novembro, será lançado o primeiro edital para seleção das empresas

Por Agencia Estado
Atualização:

O Rio de Janeiro terá um novo parque tecnológico, que começará a funcionar entre outubro e novembro deste ano, quando será divulgado o primeiro edital de chamada das empresas. As obras de urbanização estão sendo concluídas pela Prefeitura carioca. O Parque do Rio ficará em uma área de 350 mil metros quadrados, em um terreno que pertence a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que foi canteiro de obras na construção da ponte Rio-Niterói. Parque tecnológico é uma área ligada a algum importante centro de pesquisa e que tem infra-estrutura para instalação de empresas, principalmente de pequeno porte, que se baseiam em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para produzir. O Parque do Rio será lançado em setembro, durante a Rio Oil & Gas. ?Queremos atrair empresas que queiram se relacionar com a universidade e seu laboratórios, que vejam essa relação como vantagem competitiva?, disse Maurício Guedes, diretor executivo do empreendimento. O foco será nas pequenas e médias empresas, mas haverá algumas de grande porte, que funcionarão como âncoras. É o caso da Embratel, cujo Centro de Referência Tecnológica já está implantado na área que será o parque. Também está instalado lá o Tanque Oceânico da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da UFRJ, que simulará condições de plataformas submarinas para exploração de águas profundas. A Petrobras, que deverá ser uma das primeiras a se beneficiar do tanque, avança para fazer prospecção de petróleo a 3.000 metros de profundidade. A incubadora de empresas da Coppe também está na área que será o futuro parque. A prefeitura investiu R$ 1,5 milhão para as obras. A UFRJ vai receber mais R$ 1,5 milhão de recursos do fundo verde-amarelo, de integração universidade e empresa, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para implantar o parque. Segundo Guedes, o parque está enfocando empresas integrantes da cadeia produtiva de petróleo, da área de tecnologia da informação e de negócios ligados ao meio ambiente. ?São setores nos quais o Rio tem vocação e que são economicamente dinâmicos?, justificou. As empresas assinarão um contrato para aluguel do terreno por 20 anos, o que pode ser prorrogado. ?A idéia é que as empresas fiquem sempre instaladas aqui, queremos manter um relacionamento semelhante ao que ocorre com o Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras), que fica na universidade?, explicou. Além do Cenpes, a UFRJ abriga o Centro de Pesquisas da Eletrobrás (Cepel), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), e o Instituto de Engenharia Nuclear. ?Não queremos ter fábricas aqui, não é a atividade manufatureira das grandes empresas que nos interessa, mas as de pesquisa e desenvolvimento?, afirmou. Até 2012, o parque deverá ter mais de 120 mil metros quadrados de área construída e mais de 4 mil pessoas trabalhando em 220 empresas, projeta Guedes. Dessas, seis devem ser de grande porte, as âncoras, e 50 vindas da incubadora. Atualmente, a incubadora abriga 13 empresas e tem 14 já graduadas. Juntas, elas devem faturar este ano R$ 21 milhões. Das 350 pessoas empregadas nessas 27 empresas, 30% têm título de mestre ou doutor. O parque terá três Centros de Negócios, onde as empresas se instalarão, um Centro de Serviços, para promover a integração entre empresas, alunos e funcionários da UFRJ, e um Centro de Lançamento de Produtos, além da Administração. Contará com infra-estrutura completa, desde restaurantes e agência de viagens até serviços de entrega de documentos e auditórios para cursos, seminários e congressos. Na semana passada, foi lançado o São Paulo Parq Tec, um parque tecnológico que ficará abrigado no campus da Universidade de São Paulo (USP). As obras deverão começar em 60 dias na Capital paulista. ?São Paulo e Rio são locais férteis na geração de negócios inovadores, vemos com entusiasmo iniciativas como as nossa e da USP, pois assim podemos mostrar com maior clareza como a universidade tem papel a desempenhar na geração de emprego, de renda, como pode alavancar a economia?, concluiu.

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