04 de junho de 2009 | 15h17
Quando os cientistas se dispuseram a encontrar as raízes do riso, alguns gorilas e chimpanzés sentiram cócegas para ajudar. Literalmente.
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Foi assim que pesquisadores fizeram uma variedade de macacos, e alguns bebês humanos, rirem. Depois de analisar os sons, concluíram que pessoas e grandes símios herdaram a risada de um ancestral comum, que viveu há mais de 10 milhões de anos.
Especialistas elogiaram o trabalho. Ele oferece evidências muito fortes de que o riso humano e o símio estão ligados pela evolução, disse Frans de Waal, do Centro nacional Yerkes de Pesquisa com Primatas.
Desde o tempo de Charles Darwin que cientistas notam que macacos fazem sons característicos enquanto brincam ou quando recebem cócegas, aparentemente num sinal de interesse na brincadeira.
Já havia sido sugerido que o riso humano teria raízes nos primatas. Mas a risada primata não soa como riso humano. Ela pode ser um arfar rápido, uma respiração ruidosa ou uma curta série de grunhidos.
Então, o que isso teria a ver com gargalhada humana?
Para investigar a questão, Marina Davila Ross, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, e colegas realizaram uma detalhada análise dos sons evocados quando se faz cócegas em três bebês humanos e 21 orangotangos, gorilas, chimpanzés e Bonobos.
Após medir 11 características no som de cada espécie, eles mapearam possíveis relações entre cada um. O resultado parece uma árvore genealógica. Significativamente, a árvore combina com o modo pelo qual as espécies de relacionam, informam os cientistas na edição online da revista Current Biology.
Eles também concluíram que, embora o riso humano soe muito diferente das versões simiescas, suas características peculiares podem ter surgido a partir de peculiaridades partilhadas com as outras espécies e herdadas de ancestrais.
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