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Robô acha pedra estranha e sinais de água em Marte

Cientistas ainda vão estudar a composição da rocha, que "não se parece com nada visto em nenhum lugar?

Por Agencia Estado
Atualização:

Os robôs da Nasa enviaram mais indícios de que houve água em Marte, num passado remoto. O Opportunity encontrou também uma rocha estranha, que os cientistas consideraram diferente de qualquer rocha já vista pelo homem. Em sua arriscada jornada dentro da grande cratera Endurance, o Opportunity avançou ? vagarosamente ? dez metros e registrou imagens de uma formação de dunas com um metro de altura, em média. Nesta mesma região foi localizada uma rocha com forma de torrão arredondado. ?Não tenho explicação para isso, ela não se parece com nada visto em nenhum lugar?, disse Steve Squyres, chefe da equipe que controla as sondas científicas nos robôs. A imagem da rocha não foi liberada, e sua composição ainda vai ser estudada. Os pesquisadores também querem estudar as dunas, mas não enviarão o robô até elas, pelo alto risco de uma manobra assim. Entrar na cratera Endurance, no Meridiani Planum, já foi uma decisão difícil para a Nasa, já que o declive pode tombar o Opportunity, imobilizando-o para sempre. Spirit Segundo Squyres, tanto o Opportunity quanto o Spirit, na outra metade de Marte, registraram sinais de presença de água no passado. Uma rocha denominada Millstone, fotografada pelo Opportunity, apresenta frisos ondulados típicos da ação contínua e longa de algum fluxo líquido. Na região denominada Montes Columbia, o Spirit encontrou indícios de que uma provável corrente de água alterou uma afloração rochosa. A análise dos dados da pedra chamada Clovis, revelada pela Nasa nesta semana, mostrou alta concentração de enxofre, cloro e bromo, que indicam a combinação de elementos de atividade vulcânica com água ou vapor de água, segundo o pesquisador Doug Ming. ?Ali nós temos sinais de uma alteração mais profunda das rochas, o que sugere ter havido muito mais água?, observou Squyres. O Spirit moveu-se por quase três quilômetros desde o início da missão dos dois robôs, em janeiro. Ele está na região plana da cratera Gusev, onde pousou. A missão, que está custando US$ 280 milhões, estava prevista para terminar entre março e abril, mas a surpreendente performance dos dois robôs permitiu estendê-la, em busca de mais sinais de condições para a vida em Marte.

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