06 de novembro de 2008 | 19h39
Uma estalagmite crescendo do chão de uma caverna na China está fornecendo pistas sobre o final de diversas dinastias na história chinesa. Construída vagarosamente por minerais pingando com água há 1.810 anos, as substâncias químicas na pedra contam uma história de ciclos de monções fortes e fracos. Monções são as chuvas que irrigam os campos que alimentam milhões de pessoas. Períodos de seca coincidiram com o desaparecimento das dinastias Tang, Yuan e Ming, disseram os pesquisadores na edição de sexta-feira, 7, da revista Science. Além disso, a equipe liderada por Pingzhong Zhang, da Universidade de Lanzhou, na China, notou uma mudança nos ciclos por volta de 1960, o que eles disseram que pode indicar que os gases estufa emitidos pelos humanos tornaram-se uma influência dominante para as monções. A caverna de Wanxiang fica na província de Gansu, onde 80% das chuvas ocorre entre maio e setembro. Concentrações químicas na estalagmite indicam uma série de flutuações durando de um a vários séculos, e acompanham os dados europeus da idade do gelo e do período medieval quente. Houve flutuações de uma década entre 190 e 530 d.C., o final da dinastia Han e a maior parte da Era da Desunião, disseram os pesquisadores. De 530 a 850 as monções declinaram, cobrindo o final da Era da Desunião, a dinastia Sui e a dinastia Tang. As monções permaneceram fracas, com outra queda grande entre 910 e 930, então subindo e permanecendo fortes até 1020. Os pesquisadores descobriram que depois de 1020 as monções variaram mas foram geralmente fortes, até uma queda forte intensa 1340 e 1360. Elas permaneceram fracas, com bastante flutuação, até um forte aumento entre 1850 e 1880. De acordo com os pesquisadores, o período de seca contribuiu para a queda da dinastia Tang e dos maias, na América. Ele também pode ter contribuído para a falta de unidade durante o período das cinco dinastias e dos dez reinados, disseram.
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